O sol emite vários tipos de radiação, ondas, de comprimentos variados. Cada um desses comprimentos de onda determinará as consequências dessa radiação para os seres humanos. Quatro são os principais tipos de radiação que chegam até à superfície da Terra:
Ultravioleta B (UVB) – luz praticamente imperceptível, responsável pelas queimaduras solares, bronzeamento da pele, escurecimento de manchas e a maioria dos cânceres de pele. Essa radiação é mais intensa próximo ao meio dia, no verão e nos trópicos;
Ultravioleta A (UVA) – também pouco percebida, representa 95% da luz que chega à Terra e é responsável pelo envelhecimento cutâneo, bronzeamento da pele, escurecimento de manchas e alguns cânceres de pele. Em comparação com a UVB, essa radiação varia muito pouco ao longo do ano, do dia e do globo terrestre;
Infravermelha (IR) – essa luz de tom avermelhado é responsável por parte da percepção de luminosidade e do calor que temos sob o sol. Parece estar associada com o escurecimento de alguns tipos de manchas;
Luz visível – são os vários comprimentos de onda dentro deste grupo que nos permitem, principalmente, distinguir as cores. Há controvérsias sobre seu potencial de manchar a pele.
É muito importante atentarmos para o fato de que as nuvens não são capazes de bloquear, principalmente, as radiações UVA e UVB, apesar da diminuição da claridade e do calor nos dias chuvosos.
Os protetores solares possuem a sigla FPS (ou SPF, em inglês) na embalagem, que significa “Fator de Proteção Solar“. O FPS se baseia na queimadura solar, ou seja, somente UVB (leia acima), e determina, principalmente, o tempo de exposição que podemos ter sem ficar com a pele rosada. Por exemplo, imagine uma pessoa de pele clara que, sem nenhum produto na pele, comece a ficar com a pele rosada após 10 minutos de exposição solar e outra, de pele morena, que comece a ficar rosada após 20 minutos da mesma exposição. Se elas aplicarem um protetor solar FPS 30, teoricamente, a de pele clara poderá ficar 30 vezes 10 minutos (300 minutos) e a de pele morena 30 vezes 20 minutos (600 minutos) até começarem a ficar rosadas. Ou seja, quanto mais clara a pele, menor a proteção de um mesmo filtro solar.
Além disso, cada FPS possui um percentual de proteção anti UVB. Um FPS 30, por exemplo, protege cerca de 96% dos raios UVB e um FPS 50, 98%. Assim, mesmo estando dentro do prazo de tempo explicado acima, a proteção nunca será de 100%.
E a UVA? Essa radiação, muitas vezes negligenciada por não queimar a pele, também está associada com os cânceres da pele. A maior evidência disso é o fato dessa doença ser cada vez mais comum, mesmo com o advento dos filtros solares. Além disso, a UVA tem grande importância estética, já que é a radiação responsável pelo envelhecimento da pele e, como a UVB, pela sua pigmentação.
Então, agora que sabemos por que as radiações A e B são as mais danosas à nossa saúde e quais são os horários em que ficamos mais expostos a cada uma delas, fica fácil entendermos quais são os critérios que devemos ter na escolha do protetor solar ideal: primeiramente, temos que ter uma noção de como eles são compostos, ou seja, quais filtros de proteção contém; posteriormente, considerar o tipo de pele e o tipo de exposição que se pretende ter.
Para mais informações, consulte gratuitamente os nossos farmacêuticos pelo e-mail farmaceutico@homeogarvil.com.br ou pelo whatsapp (34) 99962.6436.
Fonte: a fundamentação teórica deste artigo é de autoria da Dra. Joana C. Brack, Dermatologista.